avaliações e missão cumprida !!!

Hoje foi um grande dia !!! Chegamos ao fim do primeiro ano do PONTO DE CULTURA Escola de Arte Educadores Populares de Petrolina com a sensação e a certeza do dever cumprido. muitas vicissitudes aconteceram. Basta ver as postagens anteriores para conferir o que aconteceu, contudo conseguimos cumprir com toda a grade de aulas previstas. Como nosso objetivo é criar multiplicadores de cultura popular nos damos por satisfeitos ao ver que alguns realmente vão dar continuidade ao que aprenderam conosco, mesmo sendo um número inferior ao previsto. Chegamos a dura conclusão que a problemática da falta de políticas públicas de cultura é muito maior. A peleja foi grande para segurar a galerinha que está em todas as fotos do blog, mas como foi dito, valeu demais a pena, aliás valeu não só a pena, mas a galinha inteira !!! Queremos aproveitar o ensejo para agradecer à FUNDARPE, ao GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO e ao MINISTÉRIO DA CULTURA por nos dar essa oportunidade. Hoje foi um dia muito especial não só porque concluimos com êxito essa primeira etapa, mas também porque pudemos conferir o resultado real de nossos objetivos. Além das avaliações finais da turma 11 fomos convidados a ver um ensaio da banda FOGO NO MONTURO, formada por alunos do nosso PONTO DE CULTURA a partir dos conhecimentos que aprenderam aqui, O ensaio aconteceu no bairro perifério José e Maria. O sentimento foi de profunda satisfação ao ver que uma forte semente foi plantada. Em breve mais notícias da ESCOLA DE ARTE EDUCADORES POPULARES DE PETROLINA !!!!

finalizando

Tá chegando ao fim ... Quem não terminar sua máscara até amanhã só terá outra chance quando começarmos outra turma. Alguns faltosos tiveram que dar duro pra chegar perto de quem já tinha preparado a base pra pintura. como ainda teremos atividades amanhã há boas chances de todos finalizarem suas peças. Ao lado esquerdo o aluno Vinicius corre no reforço de sua máscara, contudo muitos já conseguiram cumprir com suas missões .

Durante o periodo da tarde a criação poética foi o desafio de todos. Muita atenção na contagem das sílabas e na escolha da palavra certa, afinal tudo vai virar livro !! Parabéns jovens poetas !!!

poesia e acabamentos !!

Nesta manhã os alunos da turma 11 assistiram a um documentário sobre literatura popular nordestina. Este excelente material trouxe não só os grandes mestres recitando e cantando, mas também um apanhado comentado por entendedores do assunto como Roberto Benjamim e Braulio Tavares enfatizando as origens, influências e principais caracteristicas desta importante linguagem da nossa cultura. Aproveitamos o tempo restante para a criação poética individual de cada aluno, afinal a prática é o mais importante por aqui !!

Durante o periodo da tarde deu-se continuidade ao processo de construção de máscaras. Antes de mais nada é importante cortar as bordas com uma tesoura comum. Isto é muito importante para a simetria da peça e para que suas arestas não fiquem muito finas. Lembrando que este procedimento se faz necessário para quem queira dar outro formato à mascara (foto ao lado). O passo seguinte (depois da secagem das peças) foi reforçá-las com várias camadas de cola branca. O material sem esta etapa ficaria sem nenhuma resistência e com certeza quebraria facilmente. Contudo ainda não é o suficiente. É preciso ainda fazer o processo de 'papelagem', que consiste em aplicar diversas camadas de jornal picotado com cola branca. Agora sim !! a máscara poderá aguentar vários carnavais !! Porém o principal vem aí, que é dar vida ao personagem !! Só que antes disso deve-se aplicar algumas camadas de massa acrílica para em seguida começar o lixamento. Isso vai deixar a máscara bem lisinha, enfim pronta para o desenho e pintura !!! Inté amanhã !!!

oportuno teste !!

Quem acompanhou o primeiro ano do nosso ponto de cultura viu que este mês final é especial. Os alunos que estão refazendo o curso finalizaram as peças de quem foi reprovado e os novatos tiveram que fazer as suas máscaras desde o início. O primeiro passo é aplicar as ataduras gessadas usando o próprio rosto como forma. É um processo lento que exige total concentração e espera de quem se propõe a fazer. Tivemos que dar uma esticadinha para dar tempo de fazer todas as bases. Afinal temos poucos dias para finalizar todas a peças.

Hoje também foi o dia de realizar uma excelente experiência. Escalamos alguns alunos que já cursaram o programa para ministrar vários momentos da aula. Na foto acima, o aluno João Marcos mostrou que aprendeu tudo direitinho e explicou detalhadamente os procedimentos para metrificar e rimar um poema. Suas regras e vocabulário literário. Parabéns João !! Mostrou que será um grande arte educador !!

máscaras e versos

Uma terça feira ensolarada deu trégua ao tempo nublado que estava instaurado na cidade. Dando continuidade aos objetivos semanais, todos permaneceram nesta manhã no acabamento das máscaras dos alunos reprovados por abandonar suas peças. A galerinha da escola Clementino Coelho (a esquerda), que não pôde terminar durante as aulas normais tiveram oportunidade de enfim dar os acabamentos finais na peças. Enquanto isso, no salão, os alunos da turma 11 jogavam duro pra finalizar o trabalho iniciado por outros alunos. Já durante a tarde...
No periodo vespertino fizemos uma prolongada introdução sobre a literatura popular. Esta conversa foi muito importante para alguns alunos que estavam cursando pela primeira vez. As origens, suas principais características e sobretudo a importancia desta linguagem na expressão do sentimento de cada um. A partir de amanhã o bicho vai pegar! Vamos fazer uma experiência importante .

última semana do primeiro ano

Pois é !! Com muita peleja estamos aqui na última semana do primeiro ano do nosso estimado PONTO DE CULTURA. Como foi dito em postagens anteriores, esta turma (11) foi composta por novatos, repetentes e alunos que queriam fazer de novo o curso. Quem nos acompanhou viu que toda semana plástica necessitava de mais um ou dois dias da semana seguinte para a finalização das peças. Sendo assim decidimos que os dois primeiros dias desta última semana seriam dedicados à finalização das máscaras de alunos que foram reprovados. Um grande exercício para todos.

avaliações !!

Dia de prova !! Todos os alunos da turma 11 foram avaliados parcialmente através da escrita. Claro que o desempenho prático influencia fortemente o resultado. As linguagens testadas foram a Dança e a Música. Próxima semana será literatura e plástica.

trupés, parcelas e pífanos

Hoje foi dia de aprender a fazer pífanos. Esta flauta ficou muito conhecida no nordeste brasileiro através das bandinhas que além desse instrumento de sopro tinham também o acompanhamento da zabumba, triangulo, caixa e em alguns casos, pandeiro, reco reco e agogô. A bandinha de pífano que teve maior destaque nacionalmente e de certa forma mundialmente, já que viajaram o mundo inteiro com sua arte, foi a banda de pífanos de Caruaru. Depois dela muitas outras seguiram os seus passos e hoje encontramos em toda a região nordeste. O "pif" como é normalmente chamado era muito apreciado por Lampião e seu bando que dançavam xaxado ao som do baião vindo das bandinhas que tinham a difícil missão de diverti-los. Originalmente os pífanos surgiram no oriente (tudo indica que na China), mas isso pode ser relativo já que encontramos registros deste instrumento em quase todas as culturas indígenas do mundo. Os pífanos sempre foram fabricados artesanalmente com o bambu, planta encontrada em praticamente todo o mundo e após serem devidamente furandas com ferro quente transformam-se em melódicos instrumentos musicais. Infelismente o bambu e seu cultivo estão ficando raros por vários motivos, inclusive ambientais. Do mesmo geito que a feira de Caruaru se transformou com a modernidade sem deixar de ser quem ela é, as bandinhas de pífano também se transformaram para que não acabassem sendo engolidos pelo tempo. Passaram a ser feitos com um material muito acessível, simples de ser manuseado e de custo muito baixo: O cano de PVC. Encontrados em qualquer lugar e de material maleável foi uma grande opção que a força do povo encontrou. Na aula de hoje os alunos aprenderam a confeccionar um pífano com estes materiais: Um pedaço de cano (de 1/2 ou 3/4 dpendendo da espessura do dedo de cada um), uma sandália de borracha velha (para a vedação), uma tesoura, régua e uma furadeira para agilizar os trabalhos, mas todos aprenderam como fazer sem o auxílio de equipamentos elétricos. O processo foi descrito passo a passo em postagens anteriores.

Durante o período da tarde os alunos da turma 11 aprenderam o trupé e a parcela nas aulas de côco. Foi uma folia grande ver todo mundo com o tamanco no pé a a missão de tirar o som correto. O côco é um folguedo maravilhoso de carater dançante e muito comum em todo o nordeste, merecendo destaque o grupo "Côco Raizes de Arcoverde", cuja inspiração é inegável. Não é fácil, mas também não é difícil. Basta praticar e se entregar a esta dança tão rica e revigorante.

ciranda e batuques

Nesta quinta feira além de muito batuque, os alunos da turma 11 entraram no universo das danças circulares com a ciranda. Em clima de total decontração todos aprenderam os passos tradicionais desta belíssima dança !!

perré, guerra e percussão ... longo dia !!!

Hoje a turma teva as aulas de dança pela manhã, começando mpor um breve, mas poderoso alongamento. Hora de sentir na própria pele se estamos nos exercitando de forma adequada. É incrível ver que boa parte da juventude está enferrujada !!!

caboclinho não é mole não !! É um folguedo riquíssimo herdado pelos nosso índios. De caráter vigoroso e composto por dois andamentos (perré e guerra) que exigem da mesma forma de quem o pratica. Na mão todos seguram a preaca, uma adereço de mão que funciona como instrumento, já que seu estalido ajuda na marcação do ritmo juntamente com os outros instrumentos. Valeu a pena ver a "ralação" de todos !!! Amanhã tem mais !!!
Durante o período da tarde continuamos os estudos da percussão popular. Os alunos da turma 11 aprenderam os toques de maracatu e ijexá no gonguê. Um instrumento metálico muito parecido com os sinos de boi que tocado com uma baqueta de metal ou madeira dá toda a timbragem aguda de marcação destes dois folguedos de origem africana surgidos no nordeste.

Em seguida aprenderam a tocar o AGBÊ, instrumento composto de cabaça e miçangas dotado de timbragem aguda, mas bem diferente do gonguê. Infelismente uma parte da turma faltou nesta tarde, mas quem veio não se arrependeu. Até porque revisamos os toques aprendidos nos dias anteriores: LUANDA, MARCAÇÃO, MARTELO, TROVÃO, PARADA entre outros... A propósito... Como se percebe pelas fotos, a aula de música foi na área aberta da nossa sede. Além de mudar um pouco os ares, incomodamos menos a vizinhança !!!

maracatu e frevo

A turma 11 revisou os toques aprendidos no dia anterior. Como foram muitos essa repetição foi fundamenteal para a memorização. Bom também para dois alunos que faltaram ontem. Além da revisão dos toques todos aprenderam também a tocar ciranda. Uma boa conversa antecedeu a prática. Uma preleção de cada ritmo, suas caracteristicas e origens.



Durante o periodo da tarde o frevo trouxe muito suor e satisfação para todos. O andamento acelerado e as difíceis evoluções foram doces desafios para quem estava disposto a aprender mais sobre essa riqueza cultura de Pernambuco!!

reciclagem socio cultural

A última turma do primeiro ano do nosso PONTO DE CULTURA ( a Escola de Arte Educadores Populares ), a turma 11 é formada por alunos que não concluiram o programa ou não foram aprovados e alguns novatos. O programa é o mesmo, mas a atenção para com os repetentes é diferenciada. Eles também perceberão que modificamos vários elementos da nossa fala e da didática inicial, já que ao passar das turmas podemos fazer uma avaliação do andamento do projeto. Apesar de pequena no primeiro dia, temos vários outros que comprometeram-se em fazer o curso. Serão duas linguagens por dia e o curso terá a duração de duas semanas. Nesta trabalharemos música e dança popular. Aqui ao lado, os alunos Wallace e João Marcos que fizeram parte das turmas 1 e 2 respectivamente (basta voltar para as postagens antigas para conferir). Eles estão com um projeto musical que começaram a partir das nossas aulas. Deram o nome de FOGO NO MONTURO ao grupo que montaram, incluindo Caique que também faz parte dessa turma. Muito legal, já que é esse o nosso objetivo. Criar multiplicadores de cultura popular, seja com novos artistas ou arte educadores de suas próprias comunidades. pela manhã estudaram os toques de maracatu nas alfaias e se sairam muito bem: Luanda, Parada, Trovão, Martelo e até mangue beat (bit). Foi bem proveitoso, não menos do que o período da tarde, onde os passos tradicionais e a história da dança, os personagens e a força da expressão corporal do maracatu tomaram corpo. Todos entraram fundo e quem não aprendeu antes, teve toda oportunidade e o nosso carinho para que a informação receba um novo emissário. Parece evangelização não é ?? É quase isso !! É a perpetuação da cultura ancestral !! É a missão cumprida !!!